terça-feira, 10 de maio de 2011

Movimento Estudantil BARRA corte de vagas na EACH

Após muitos debates, muitos protestos e muita mobilização, no dia 7 de abril de 2011, a reunião da Comissão de Graduação da EACH – esta qual se deu de portas abertas à comunidade eachiana -, votou pela MANUTENÇÃO DAS 1020 VAGAS NOS CURSOS JÁ EXISTENTES DA UNIDADE! Esta conquista se deu unicamente pela força do movimento estudantil, o qual protagonizou uma grande luta, organizada e politizada, mostrando para toda a sociedade a importância de nossas bandeiras em prol da educação superior pública, lutando para manter as vagas na EACH e, muito mais do que isso, defender um projeto de universidade que atenda às demandas sociais, dando um duro golpe àqueles que querem privatizar o conhecimento e elitizar ainda mais a educação superior.
Esta vitória foi uma conquista histórica da EACH e temos que lutar para manter e avançar nas nossas reivindicações. A universidade possui muitos problemas, que são conseqüência de uma política precarizante da Reitoria e do Governo. Temos que ampliar nossa luta em defesa de uma universidade pública, democrática e de qualidade.
É hora de denunciar a “democracia” de Rodas e Boueri!
A falta de democracia na universidade é um meio para que o Governo e a Reitoria possam aplicar seus projetos com amparo “democrático” de seus conselhos de graduação, congregações e conselho universitário.  Entretanto, sabemos que a USP é a universidade mais antidemocrática do país, que se utiliza de um regimento da época da ditadura e se sustenta em órgãos que sequer respeitam a LDB para a educação, que determina 30% das cadeiras para representações estudantis. É essa mesma “democracia” de Rodas e Boueri que pune estudantes que se manifestam contra os ataques da Reitoria, a mesma “democracia” que demite cerca de 270 funcionários e é a mesma “democracia” que elaborou o Relatório Melfi e quer precarizar, elitizar e privatizar o conhecimento da Universidade de São Paulo, abrindo as portas destas aos interesses do mercado e sujeitando seus cursos a esta lógica.
Barramos o Relatório Melfi. Mas precisamos avançar! Não adianta barra um ataque como este e manter esta estrutura de poder burocrática que, cedo ou tarde, aplicará novamente este projeto, com outra cara.
A nossa democracia é defender nossa universidade, com poder direto às decisões e derrubar esta estrutura burocrática e capacho das ordens do governador, em detrimento das demandas da comunidade acadêmica e da sociedade.
Colegiados representativos; autonomia estudantil e sindical; transparência financeira e decisória!
A nossa democracia!
Democracia é um conceito que se não for bem argumentado pode cair num oportunismo político inconseqüente. Afinal, que democracia queremos? É simples. Queremos democracia nas decisões, com participação condizente com o peso de cada setor na universidade, entre estudantes, funcionários e professores. Queremos democracia que garanta a livre organização estudantil e sindical sem represálias nem repressões. Queremos clareza sobre os investimentos dentro de nossa universidade, saber os critérios de certos gastos, como é o caso dos polêmicos prédios para a Incubadora de Empresas e UNIVESP na EACH.
Debater e lutar por democracia é reivindicar como nosso projeto de universidade será aplicado, respeitando os distintos interesses da comunidade acadêmica e sua representatividade dentro das unidades e em toda a USP.
Não podemos mais permitir órgãos colegiados fechados e burocratizados, os quais os membros são eleitos por indicação e títulos políticos, defendendo projetos de quem os indica, ou seja, do governo.
Esta aberta a época “Caça às Bruxas” na EACH!
Não às punições! Não às represálias! Não às perseguições!
Mal barramos o Relatório Melfi e já presenciamos perseguições a estudantes e professores que lutaram contra este projeto. Alunos e alunas que estão marcados e ameaçados por professores e coordenadores de cursos que apoiavam o corte de vagas e o conteúdo do Relatório Melfi e, depois que viram a mobilização e vitória dos estudantes, se utilizam de seu poder dentro dos cursos para perseguir e retaliar, publicamente, estes estudantes que lutaram por suas graduações. Esta política de caça às bruxas não é novidade, pelo contrário, é uma prática bastante presente na gestão Boueri e, que agora que sofreu uma dura derrota e saiu desmoralizado deste processo, fará de tudo para perseguir aqueles que denunciaram o Relatório e a postura da Direção da unidade. Não podemos baixar a cabeça para esta repressão! Lutaremos até o fim para defender os estudantes e professores que tanto se mobilizaram e dedicaram suas vidas por esta luta.
Vamos barrar e denunciar qualquer tipo de perseguição ou repressão aos lutadores da EACH!



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